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ANA E SUA RECLAMAÇÃO
ANA E SUA RECLAMAÇÃO
Marília L. Paixão

A moça que faz tantas perguntas e reclama do curto e-mail que recebeu após ter enviado um longo. Ora, Ana! Primeiramente vou lhe declarar o meu amor pelo nome Ana. Mas para este texto não deixar de ser uma crônica, que tal um comercial olímpico?

Amo este nome por tantos por quês que já não sei mais qual o maior deles. Sei que foi a partir de um ponto que passei a adorar escrever ana. Para mim, a palavra ana é um nome novo de coisas boas e coisas boas podem ter nomes próprios, palavras próprias e textos próprios. Adoro escrever a palavra ana assim como adoro escrever amor, maçã, Dagger Lor, crônicas, contos e poesias.

Enquanto uns reclamam da minha falta de notícias ou talvez do meu não desprendimento em responder e-mails outros apenas reclamam que parto enquanto eles regressam, tipo Maria Paula e Leo. Vai aqui o meu amor por vocês em câmera rápida, pois em câmera lenta eu usaria muito mais palavras.

Com tanta reclamação nem vou reclamar da mudança de A favorita. Que agora vamos tendo um novo retrato para a lista dos vilões. Patrícia Pillar socando Claudia Raia no pilão.
E a filha como fica? Como ficam os filhos dos que dão tanta cabeçada? Como ficam os filhos dos que sofrem tantas pauladas? Patrícia ao acabar com a Cláudia causará quantos danos à Lara?

Agora vamos para a Ana Ribas que pouco sei além do que ela escreve a presentear tantos olhos com sua sabedoria. Veio essa grande Ana reclamar do meu curto e-mail... rs. r.s.rs...Ana! Já que o seu nome é ana e eu adoro o nome ana... Vai este texto para compensar o e-mail, que e-mail eu só uso para palavras mais curtas e se eu não tivesse amado seu longo e-mail você não teria recebido palavra nenhuma minha. Acabo deixando para depois e muitas vezes não respondo e-mails dos mais simpáticos. Tenho consciência de que deveria anotar isso na lista dos meus defeitos, mas claro, essa lista eu nunca tive paciência para fazer!

E se eu não admirasse sua bela forma de escrever eu não teria feito a propaganda  mesmo você sendo tão religiosa, mesmo  tentando converter minha amiga Zélia com as coisas da bíblia bela.
Ainda bem que não tentou converter a mim. rs.r.s.. que já sou convertida a este mundo e ao seu fim. De qualquer forma, saiba:

As minhas frases curtas são de longo sentimento. Imagine um montinho de terra começando a desaparecer por causa de uma ventania. Esta sou eu sem saber por onde sustentar cada grãozinho da terra que não gostaria de perder. É como recolher roupas do varal quando já começa a chover. Como correr mais rápido que os pingos? Enquanto você chora, ana, as minhas pobres letras sem conseguir lhe socorrer lhe abraçam simplesmente.

Quantas palavras lhe escrevi que tanto lhe decepcionaram o tamanho? Perdoe-me ana que tenho tantos motivos comuns para justificar-me e no entanto restrinjo-me a este texto sem malícia adoçado sem preguiça com batidas de um sensível coração que às vezes diz sim e muitas vezes diz não. Eu digo sim para você minha querida e peço desculpas pelo curto e-mail que lhe inspirou um belo texto: “Devagar, mas estou aprendendo” se é que não esqueci direito o nome com essa memória que vai morrendo.

Pode ir aprendendo mesmo! Você possui um telescópio que nos faz ver em letras grandes belezas de infinitos horizontes.  Receba este texto com umas palavras de afeto. Será que elas possuem eco?

Na verdade ando sorrindo para o meu novo teto. Não estou cabendo em mim de felicidade com essa mudança. Parece que tudo é novo, até o ser e o estar. Começo a ouvir passarinhos e a me dar novos carinhos com novas letras. Essa é para todos vocês que sentem falta de mim. Ando num retiro querendo aprender a escrever mais para vocês que para mim. Na verdade tudo se veste do que todos somos: eu os amo.
Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 22/08/2008
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