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NÓS NÃO SOMOS O PODER
NÓS NÃO SOMOS O PODER
Marília L. Paixão

Eu sou rechargeable, Madonna is rechargeable, Alanis Morrissette is rechargeable, Zélia Freire is rechargeable, Machado de Assis is rechargeable and so are you! Enfim nós somos todos recarregáveis. Assim como tem gente que vive recarregando Drummond tem os que recarregam James Jean, Beatles e até Led Zeplin. Julia Robert para sempre será recarregável por causa do Pretty Woman assim como John Lennon por causa de Imagine.

E se você acha que não é rechargeable passe umas duas noites sem dormir e você dirá que precisa se apagar, se restaurar, repor as energias. Você depois acorda recarregado e se sente novo em folha. Tem um monte de coisas que somos sem nem saber que somos. We are not the power! (Nós não somos o poder!)  Nós somos a carência. Essa é a grande verdade! Nós somos um monte de pilhas e mais pilhas e muitas vezes achamos que não estamos prestando para nada. Mas querendo ou não, não podemos nos jogar fora. Tem gente que nos adora. Graças a Deus!

Tem gente que acha que ao precisar de uma recarga está mostrando fraqueza. A prova disso é o número de depressivos ou de suicidas? A prova disso é o monte de papéis que antigamente vivíamos a jogar no cesto?  Agora só por que deletar é mais fácil achamos que viramos grandes coisas? Eu não sou do tempo do cesto porque passei a escrever faz pouco tempo. Mas sou do tempo de riscar o caderno. E você? Quantas vezes você já se riscou de alguma forma? Ou você apenas gritou: Tira meu nome fora!

Quantas pessoas lá fora estão sorrindo e achando a vida uma coisa leve e despreocupante enquanto nós procuramos a fórmula da felicidade plena nem que seja através de letras. E o que encontramos? Um monte de antíteses e redundâncias. As metáforas que usamos acabam mais nos enfeitando a realidade que encontrando caminhos e ainda assim eu vibro, você vibra e se bestar somos um monte de vibradores humanos do tipo que vibra gostoso. Vibramos por nós mesmos! Vibramos com nossas bravas letras como se estivéssemos batendo um bolo bem especial  não importando a data.

Se eu fosse procurar num pensamento de outros séculos qualquer coisa que combinasse com a vida nova que possuímos ia achar um monte de areia. Ia pisar montes de areias e dizer: não é que afundamos do mesmo jeito?! Qual é a recarga ideal para vencermos nossos medos e angústias? Nossas dúvidas são as mesmas e nos quedamos diante as mesmas fragilidades de outrora. O que será que tem crescido a ferro e fogo neste mar de modernidade em que vivemos? Será apenas uma certa astúcia? Será a visão da queda de valores antes tão caros e admiráveis?

Pensar que temos uma capacidade hoje de saber coisas bem mais rápidas que conseguiriam saber nossos pais e ainda assim a areia é a mesma na hora que o barco afunda. Conscientes somos do tanto que evoluímos e por tudo isso temos que saber de fato o quão rechargeable somos e onde nos recarregamos. Se o seu plug in dá certinho com Deus já está nos ares do céu e se não for espero que ache o caminho antes da morte chegar. Mas se você for daquele que se recarrega nos cantos do inferno, desejo que Deus te deixe bem longe do meu sofá. Afinal, Deus sabe que o meu carregador é calmo mesmo em mares bravos. P.S: I love you.  Are you rechargeable too?

Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 16/09/2008
Alterado em 16/09/2008
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