Textos

VOCÊ CONSEGUE SER FELIZ DE QUALQUER JEITO?
VOCÊ CONSEGUE SER FELIZ DE QUALQUER JEITO?
MARÍLIA L. PAIXÃO

Quanta coisa bonita sobre as palavras a Ângela Gurgel escreveu enquanto eu dava um passeio pelo nordeste? Quantos poemas fiz olhando aquelas paisagens e agora olho a falta de tempo para digitá-los? Dariam quantas crônicas todos os pequenos textos que escrevi no banco de trás do carro?

Quero postar meu texto em que falo dos tubarões de Olinda. Quero publicar os em que falo dos pães de queijo de Natal.
Prometo em nenhuma crônica revelar que os ricos do nordeste jogam um pouco de vinho estrangeiro fora enquanto escutam  de mineiros uma pequena prosa. Uma conversa melhor fica para quando eu for digitar meus pequenos textos. Eles são doces e apaixonados como alguns corações potiguares.  Afinal, o que a gente não pensa quando até deitamos num banco de trás do carro? Pessoas como eu pensam muito é no amor. É! Principalmente quando deitamos por cima de um colo gostoso e tudo.

Mas hoje eu li a Dalila Langoni falando de TPM – tenha paciência mulher! Gosto de ler a Dalila principalmente quando ela fala de intimidades com tanta dureza e realidade. Neste texto ela disse assim que nenhuma paixão sobrevive a uma porta de banheiro aberta.

Li também Zélia Freire falando de sua preocupação com a idade no texto do espelho. Ora, Zélia! Você não precisa se preocupar com idade! Idade é uma coisa que vem cedo e nunca vai tarde. Você pode se sentir uma laranja ou uma perazinha gostosa e voltar para a árvore cheirosa da vida mesmo depois que passar dos 70. Quem tem que se preocupar com idade são apenas os que não tem onde cair mortos e ainda precisam trabalhar desde a mais clara hora da madrugada. Estes ficam pensando se os filhos sobreviverão a próxima seca.

Agora eu vou parar de enrolar e vou começar minha manhã. O tal do trabalho que engrandece o homem e envelhece as mulheres, me espera. Pelo menos eu sai da parte de trás do carro. Fala se eu não nasci foi para uma parte da frente?!

Os passarinhos estão tentando puxar conversa. - Não! Sem tempo para bater papinho. Por acaso o Dagger deu sinal de vida? Não deu não?! Pois é! Enquanto ele não voltar não tem bate papo com vocês não. Natal ficou distante. Dagger Lor anda sumido como se fosse um retirante.

Esses passarinhos pensam que a gente consegue ser feliz de qualquer jeito. Na verdade só nos sentimos felizes quando achamos que está tudo bem.



Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 22/10/2008
Alterado em 22/10/2008
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