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ANA NA ESTRADA DO AMOR SEM FIM
ANA NA ESTRADA DO AMOR SEM FIM
Marília L. Paixão

Ana acordou decidida. Procurou pela sua colcha colorida e forrou a cama de alegria. Pela janela do quarto apreciou o sol fraco e a chuva fina. Achou que os dois a faziam bem, sorriu para o céu como se dissesse amém!

Tinha muitas tarefas, mas entre elas jogar um beijo para o seu amor de nada atrasaria a vida e nem machucaria. Pensou até em ouvir uma música, mas isso já poderia distraí-la. Talvez fosse melhor ficar imaginando fábulas. Em uma delas seu rei sem nenhuma farda a faria se sentir a mulher mais amada.

Foi assim que Ana se viu correndo para o alto da montanha verde e antes que o dia acabasse pensou em lhe bordar uma gravata bem linda. Qual cor seria a que faria seu rosto parecer mais angelical como quando ele lhe dizia coisas bonitas? Ficou confusa, pois nesta hora qualquer cor serviria.

Por sobre a montanha olhou lá embaixo os córregos dos pequenos rios. Ele atravessaria todos assim que não a encontrasse em casa. Ele a descobriria ali e a gravata já estaria pronta. Colocaria a prenda em seu pescoço, pularia para sua parte do assento no cavalo e seguiriam na estrada do amor sem fim.

Ana acha que a vida deveria ser simples assim. E se ele não gostasse de gravata ou se não possuísse um cavalo branco, ela esperaria por ele em casa, mas não ia querer fazer doce de leite. Talvez ela fosse preferir vender umas flores de outros jardins para não precisar fazer coisas que engordassem. Ana para ser uma boa vendedora diria que aquelas flores tinham sido colhidas nas ruas em que a Mônica Mello passa. Venderia todas e o mundo se encheria de graça.

Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 06/12/2008
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