A CHAVE NO VASO - E A MISSÃO ENCANTADA
Marília L. Paixão
Não basta estar em branco uma página e você desejar enchê-la de flores, vida, raiva, lágrimas, cenas. Não basta um vasinho de flor, desenhar um barquinho, uma casinha, um rio uma cerca com arame farpado e roupas. Não basta de repente sair da chaminé um desenho animado de Walt Disney se na beira da sua porta você pouco se importa com quem bate. Se é o frio ou se é o calor. Um jardim inteiro na varanda de entrada de uma luxuosa casa nem diz nada se lá dentro um frio mordomo não sabe dizer nada além de abrir a porta quando as ordens dizem sim mas não o porque de quando dizem não. E quem entra não lhe sorri e ele também nem precisa sorrir. Até que um dia ele abre a porta e se depara com uma mini criatura de cor verde e roupinha nem tão colorida.
- Sim! Ele olhou bem e jurava mesmo que estava diante um sapinho todo bem vestido e com pose de lorde Inglês.
- Boa tarde! Espero que o seu dia seja um dia importante como o meu e que fique melhor ainda depois da minha entradinha nesta casa.
-Mas com que nome eu devo anunciá-lo?
- Pode dizer que é o Mr. Dagger Lor
- Mas aqui a gente não recebe nenhum bichinho de estimação sem dono, caro Mr. Lor.
Disse o mordomo com uma voz mansa, um pouco arrastada e olhar desconfiado.
- Eu não sou sem dono, senhor mordomo. Eu sou cria legítima da minha dona e eu vim a pedido dela com uma missão para ser cumprida. Devo lhe dizer que eu já poderia ter pulado aí dentro e resolvido o meu problema. Ele falava como se nada temesse e tudo fosse possível.
- E por que não pulou?! Certamente assustaria metade dos serviçais ou faria com que meu patrão testasse sua nova arma de caça a raposas.
- Eu não pulei por que minha dona recomendou que eu entrasse pela porta da frente e fosse bem recebido. - Bem recebido por quem?! O mordomo mal continha sua vontade de rir.
- Pelo senhor mordomo, foi o que ela disse.
- Ela me conhece por acaso? Eu não me lembro de nenhum senhor ou senhora Lor!
- O senhor mordomo pode estar com problemas de memória ou confusão com outras histórias. Afinal, o senhor lê muito! Mas eu preciso que o senhor me deixe entrar de livre e espontânea vontade. - De que se trata?
A verdade é que o mordomo estava encantado com aquele ser todo dono de si. Aquela figura em sua porta parecia coisa de contos ou alguma história encantada que ele nunca tinha visto em lugar nenhum por mais que já tivesse lido e freqüentado a biblioteca dos seus amos.
- Eu preciso colocar uma chave no vaso.
- Que chave? Perguntou o mordomo.
- A chave que conduz ao caminho das estrelas. Ele respondeu com uma voz bem límpida.
- E eu posso vê-la?! Perguntou o mordomo para constatar se existia mesmo a tal chave.
O jovem Mr. Lor com as duas mãozinhas dentro do casaco respondeu:
- Só depois que eu colocá-la no vaso.
- Mas há muitos vasos dentro desta casa e nenhum pode ser quebrado.
- Mas eu não quebraria nenhum vaso. Nem xícaras eu nunca quebrei! Mesmo quando ainda treinava ao segurá-las.
-Eu mesmo posso colocar a chave no vaso, Mr. Lor. É muito mais seguro.
- Não senhor mordomo. Se eu mesmo não colocar a chave no vaso a minha dona nunca mais me deixará entrar em nenhuma história.
- E o que eu ganho se permitir a sua entrada, Mr. sapinho?! Sem falar em todo o risco de perder o meu emprego e colocação depois de anos servindo os grandes amos desta casa?
- Eu posso lhe beneficiar com a descoberta da chave. E depois que eu for embora você pode ser o primeiro a descobrir o vaso, poderá tocar a chave e sua vida se encherá de brilho.
- Sim! Certamente eu alcançarei uma estrela do céu distante. Satirizou o mordomo.
- Não. Você não alcançará uma estrela. Na verdade, todas lhe alcançarão. Com licença!
Com passos fortes sem dar nenhum pulinho o jovem Mr. Lor entrou na grande sala. Ele sabia que aquela era uma das maiores experiências da sua vida e se saísse bem nela, nunca mais teria problemas com entrada em novas histórias e teria transformado o mordomo no mais sortudo de todas as mais belas.
Marília L. Paixão
A CHAVE NO VASO - E A MISSÃO ENCANTADA
Marília L. Paixão
Não basta estar em branco uma página e você desejar enchê-la de flores, vida, raiva, lágrimas, cenas. Não basta um vasinho de flor, desenhar um barquinho, uma casinha, um rio uma cerca com arame farpado e roupas. Não basta de repente sair da chaminé um desenho animado de Walt Disney se na beira da sua porta você pouco se importa com quem bate. Se é o frio ou se é o calor. Um jardim inteiro na varanda de entrada de uma luxuosa casa nem diz nada se lá dentro um frio mordomo não sabe dizer nada além de abrir a porta quando as ordens dizem sim mas não o porque de quando dizem não. E quem entra não lhe sorri e ele também nem precisa sorrir. Até que um dia ele abre a porta e se depara com uma mini criatura de cor verde e roupinha nem tão colorida.
- Sim! Ele olhou bem e jurava mesmo que estava diante um sapinho todo bem vestido e com pose de lorde Inglês.
- Boa tarde! Espero que o seu dia seja um dia importante como o meu e que fique melhor ainda depois da minha entradinha nesta casa.
-Mas com que nome eu devo anunciá-lo?
- Pode dizer que é o Mr. Dagger Lor
- Mas aqui a gente não recebe nenhum bichinho de estimação sem dono, caro Mr. Lor.
Disse o mordomo com uma voz mansa, um pouco arrastada e olhar desconfiado.
- Eu não sou sem dono, senhor mordomo. Eu sou cria legítima da minha dona e eu vim a pedido dela com uma missão para ser cumprida. Devo lhe dizer que eu já poderia ter pulado aí dentro e resolvido o meu problema. Ele falava como se nada temesse e tudo fosse possível.
- E por que não pulou?! Certamente assustaria metade dos serviçais ou faria com que meu patrão testasse sua nova arma de caça a raposas.
- Eu não pulei por que minha dona recomendou que eu entrasse pela porta da frente e fosse bem recebido. - Bem recebido por quem?! O mordomo mal continha sua vontade de rir.
- Pelo senhor mordomo, foi o que ela disse.
- Ela me conhece por acaso? Eu não me lembro de nenhum senhor ou senhora Lor!
- O senhor mordomo pode estar com problemas de memória ou confusão com outras histórias. Afinal, o senhor lê muito! Mas eu preciso que o senhor me deixe entrar de livre e espontânea vontade. - De que se trata?
A verdade é que o mordomo estava encantado com aquele ser todo dono de si. Aquela figura em sua porta parecia coisa de contos ou alguma história encantada que ele nunca tinha visto em lugar nenhum por mais que já tivesse lido e freqüentado a biblioteca dos seus amos.
- Eu preciso colocar uma chave no vaso.
- Que chave? Perguntou o mordomo.
- A chave que conduz ao caminho das estrelas. Ele respondeu com uma voz bem límpida.
- E eu posso vê-la?! Perguntou o mordomo para constatar se existia mesmo a tal chave.
O jovem Mr. Lor com as duas mãozinhas dentro do casaco respondeu:
- Só depois que eu colocá-la no vaso.
- Mas há muitos vasos dentro desta casa e nenhum pode ser quebrado.
- Mas eu não quebraria nenhum vaso. Nem xícaras eu nunca quebrei! Mesmo quando ainda treinava ao segurá-las.
-Eu mesmo posso colocar a chave no vaso, Mr. Lor. É muito mais seguro.
- Não senhor mordomo. Se eu mesmo não colocar a chave no vaso a minha dona nunca mais me deixará entrar em nenhuma história.
- E o que eu ganho se permitir a sua entrada, Mr. sapinho?! Sem falar em todo o risco de perder o meu emprego e colocação depois de anos servindo os grandes amos desta casa?
- Eu posso lhe beneficiar com a descoberta da chave. E depois que eu for embora você pode ser o primeiro a descobrir o vaso, poderá tocar a chave e sua vida se encherá de brilho.
- Sim! Certamente eu alcançarei uma estrela do céu distante. Satirizou o mordomo.
- Não. Você não alcançará uma estrela. Na verdade, todas lhe alcançarão. Com licença!
Com passos fortes sem dar nenhum pulinho o jovem Mr. Lor entrou na grande sala. Ele sabia que aquela era uma das maiores experiências da sua vida e se saísse bem nela, nunca mais teria problemas com entrada em novas histórias e teria transformado o mordomo no mais sortudo de todas as mais belas.
Marília L. Paixão
A CHAVE NO VASO - E A MISSÃO ENCANTADA
Marília L. Paixão
Não basta estar em branco uma página e você desejar enchê-la de flores, vida, raiva, lágrimas, cenas. Não basta um vasinho de flor, desenhar um barquinho, uma casinha, um rio uma cerca com arame farpado e roupas. Não basta de repente sair da chaminé um desenho animado de Walt Disney se na beira da sua porta você pouco se importa com quem bate. Se é o frio ou se é o calor. Um jardim inteiro na varanda de entrada de uma luxuosa casa nem diz nada se lá dentro um frio mordomo não sabe dizer nada além de abrir a porta quando as ordens dizem sim mas não o porque de quando dizem não. E quem entra não lhe sorri e ele também nem precisa sorrir. Até que um dia ele abre a porta e se depara com uma mini criatura de cor verde e roupinha nem tão colorida.
- Sim! Ele olhou bem e jurava mesmo que estava diante um sapinho todo bem vestido e com pose de lorde Inglês.
- Boa tarde! Espero que o seu dia seja um dia importante como o meu e que fique melhor ainda depois da minha entradinha nesta casa.
-Mas com que nome eu devo anunciá-lo?
- Pode dizer que é o Mr. Dagger Lor
- Mas aqui a gente não recebe nenhum bichinho de estimação sem dono, caro Mr. Lor.
Disse o mordomo com uma voz mansa, um pouco arrastada e olhar desconfiado.
- Eu não sou sem dono, senhor mordomo. Eu sou cria legítima da minha dona e eu vim a pedido dela com uma missão para ser cumprida. Devo lhe dizer que eu já poderia ter pulado aí dentro e resolvido o meu problema. Ele falava como se nada temesse e tudo fosse possível.
- E por que não pulou?! Certamente assustaria metade dos serviçais ou faria com que meu patrão testasse sua nova arma de caça a raposas.
- Eu não pulei por que minha dona recomendou que eu entrasse pela porta da frente e fosse bem recebido. - Bem recebido por quem?! O mordomo mal continha sua vontade de rir.
- Pelo senhor mordomo, foi o que ela disse.
- Ela me conhece por acaso? Eu não me lembro de nenhum senhor ou senhora Lor!
- O senhor mordomo pode estar com problemas de memória ou confusão com outras histórias. Afinal, o senhor lê muito! Mas eu preciso que o senhor me deixe entrar de livre e espontânea vontade. - De que se trata?
A verdade é que o mordomo estava encantado com aquele ser todo dono de si. Aquela figura em sua porta parecia coisa de contos ou alguma história encantada que ele nunca tinha visto em lugar nenhum por mais que já tivesse lido e freqüentado a biblioteca dos seus amos.
- Eu preciso colocar uma chave no vaso.
- Que chave? Perguntou o mordomo.
- A chave que conduz ao caminho das estrelas. Ele respondeu com uma voz bem límpida.
- E eu posso vê-la?! Perguntou o mordomo para constatar se existia mesmo a tal chave.
O jovem Mr. Lor com as duas mãozinhas dentro do casaco respondeu:
- Só depois que eu colocá-la no vaso.
- Mas há muitos vasos dentro desta casa e nenhum pode ser quebrado.
- Mas eu não quebraria nenhum vaso. Nem xícaras eu nunca quebrei! Mesmo quando ainda treinava ao segurá-las.
-Eu mesmo posso colocar a chave no vaso, Mr. Lor. É muito mais seguro.
- Não senhor mordomo. Se eu mesmo não colocar a chave no vaso a minha dona nunca mais me deixará entrar em nenhuma história.
- E o que eu ganho se permitir a sua entrada, Mr. sapinho?! Sem falar em todo o risco de perder o meu emprego e colocação depois de anos servindo os grandes amos desta casa?
- Eu posso lhe beneficiar com a descoberta da chave. E depois que eu for embora você pode ser o primeiro a descobrir o vaso, poderá tocar a chave e sua vida se encherá de brilho.
- Sim! Certamente eu alcançarei uma estrela do céu distante. Satirizou o mordomo.
- Não. Você não alcançará uma estrela. Na verdade, todas lhe alcançarão. Com licença!
Com passos fortes sem dar nenhum pulinho o jovem Mr. Lor entrou na grande sala. Ele sabia que aquela era uma das maiores experiências da sua vida e se saísse bem nela, nunca mais teria problemas com entrada em novas histórias e teria transformado o mordomo no mais sortudo de todas as mais belas.
Marília L. Paixão
Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 19/05/2009
Alterado em 28/01/2011