SOBRE O AMOR DOS DIAS BRANCOS
SOBRE O AMOR DOS BRANCOS DIAS
Marília L. Paixão
Eu quero um amor que me ouça quando desejo falar. Eu quero um amor que não me cale quando desejo o seu escutar. Quero um amor comum que não precise que um céu acenda as estrelas, que um sol acenda um sorriso, e menos ainda que uma tragédia o faça sentir que o importante é me ter ao seu lado.
Como é difícil não ter o amor que queremos se o que queremos é mais simples que sonhos. E sonho não precisa ser de Alice. Sonho pode ser um bem estar. Pode ser a sensação de estar ao lado da pessoa certa. Sonho pode ser um abrir a janela para ver o outro.
Como é o outro? Como vai o outro? O outro é o que recebe o seu “não”? O outro é o que sonha com sua atenção cheia de “sim”? Será que o outro é o seu amor de fato? O que é o amor na luz rasgada do dia? É o mesmo que te dá boa tarde e luz lhe envia? Quantas vezes lhe beija este amor por dia?
Como é que se mede um amor? Será que pelas lágrimas não percebidas e não contadas? Será que pela suposição do amor e seus longos anos? Mas os anos sem glórias não embaçam os melhores anos? Qual é a névoa que protege o amor dos brancos dias? Será que não são os brancos dias que o protege dos negros sem alegria?
O amor deve ser a eterna espera dos lindos dias. Se tem uma coisa que o amor não sabe fazer é desistir de sonhar. Deve ser por isso que o amor vive rondando os ares...
Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 11/07/2009
Alterado em 11/07/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.