QUEM DEVE SOU EU!

Bom dia! Bom dia porque o dia é uma estrada que dura horas. Bom dia já que essas horas duram para o bem ou para o desespero. Bom dia para vencer o medo, enrolar o desespero e sorrir logo adiante. Não! Eu não sou de filosofar e nem estou aqui para tirar gordura de lingüiça. Tem um filé fresquinho chegando aí seu João? Se não tiver eu espero. Hoje acordei pensando que o tempo pode ser terno

Esperem aí que estou procurando a ternura. Achei lá no quintal. Achei nos lençóis da minha cama, só no jornal que não havia ternura nenhuma. Dentro de mim? Ah! Dentro de mim tem, mas tem que achar o caminho. Não é chegar cumprimentar e achar que pode pegar não! É um processo! Tem que passar pelo canal exclusivo da minha confiança. Sim! Ou vocês acham que todos os normais são livres de loucuras enraizadas pelo meio ambiente? É preciso olhar bem para a agulha e medir o tamanho do buraquinho para saber se a linha passa. Às vezes passa e às vezes pode não passar. As agulhas não são iguais e as linhas também são diferentes.

Bom, como era só para dar bom dia este texto já está de bom tamanho. Mas se for para falar um pouquinho mais vou dizer que o livro PALAVRAS PEDEM PASSAGEM da Ângela Ramalho é doce, leve e gostoso. Você lê sorrindo e deixa seus pensamentos se alegrarem como se as letras estivesse brincando. E por ali você enxerga o universo interior como visto e sentido por todas nós. Sim! A poesia canta. Ela pediu passagem, eu dei e não me arrependi. Quando eu gasto dinheiro com um livro e me arrependo ele vai para a lata de lixo sem prévio aviso.

Se eu sou amiga da Ângela Ramalho? Não! Nunca a vi, nunca conversei com ela e a ela nada devo. Paguei pelo livro com depósito em dinheiro. Nem minha leitora ela é. O livro dela a princípio me conquistou pelo título e depois pelos sorrisos que despertaram. Só por isso faço essa propaganda gratuita e ela pode guardar meu nome no coração caso queira, pois eu só cobro das pessoas o que elas me devem. Mas quem me conhece sabe que um elogio meu vale mais que um beijo de novela. De qualquer forma, já que li o livro rindo, quem deve sou eu! Vou pagar com a mesma moeda no dia que eu colocar o preço no meu.
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