Cabeça de escritora e ponta de leitora


Sim vou dormir antes que a bochecha pare de sorrir e a madrugada me cumprimente, afinal minha vida não está de ponta cabeça, só minhas bandeiras é que sim com palidez que não me alegra.Tomou muito sol pela janela aberta. Gosto do vermelho brilhante e do azul forte e de todas as estrelinhas. Quase comprei uma brasileira nova em Porto Seguro, mas deixei para comprar na próxima vez que eu voltar lá com sorrisos puros.

Sim! Faço esses compromissos para o antes do morrer que é para ver se assim eu não morro. Enquanto isso vou passando por vergonhas próprias da pátria e envelheço feito sabonete que não quer acabar. Aceita um vinho? É... hoje estou de vinho pois não há espaço na geladeira para cerveja ou coisas que eu ainda não fiz. Não! Não estou plantando bananeira de dentro da minha sala preferida a catar essas letras do amanhã.

Não estou escrevendo apenas para o hoje. Eu escrevo é para depois de muitos anos de vida. Quero ser lida mesmo de ponta a cabeça. Quero ser lida feito sua revista preferida ou como seu  inseparável livro da memória. Trago nas linhas um gosto de glória e você pode me virar de ponta cabeça se quiser e ainda assim se orgulhará do fruto destas mãos. Eu quero ser terrivelmente boa nisto que agrada leitores inteligentes, sensíveis e ardentes com todas as pontas desta cabeça.