CARÊNCIA FEMININA
Não há nada no universo feminino que seja anormal para nós mulheres.Também não conseguimos distinguir com normalidade muito dos nossos sentimentos. Pode ser aquela vontade de subir paredes, roer unhas, amassar um braço, esconder do travesseiro umas bestas lágrimas ou de repente não querer dizer ou ouvir ninguém.
Por outro lado podemos também ser acometidas por umas vontades sem explicação exata cujos detalhes não poderíamos confessar ao padre ou ao pai. Também não aconselhável desabafar com a mãe. Tem coisas que é de mulher, mas não saberíamos como reproduzir ou passar para frente sem sermos julgadas, “perhaps” erroneamente.
Imagine que dois dias atrás o meu sapinho me confessou ter tido um sonho terrível. Ele estava todo suadinho. E pela carinha percebi que estava suando frio.
- Diga logo, o que foi que aconteceu?!
- Sonhei que você tinha me trocado por um porco!
- Que absurdo! Para que ter uns sonhos mais sem cabimento, como este?!
- Ainda não aprendi a ter só sonhos bons.
- Vá tomar um banho de rio que se sentirá melhor.
Mas depois fiquei pensando que deveria ser por conta dos dias em que eu estava muito atrás de passarinhos só pensando em fotografá-los. Nós mulheres temos muito disso. Uma auto concentração no nosso objeto de interesse. Assim sendo, se o nosso interesse é um filme, tratamos de idealizá-lo. Fiquei um tempão esperando pelo filme Vicky, Cristina e Barcelona de tanto ter gostado das imagens e quando finalmente o tive em mãos desejei trocar o abacaxi por um pequeno abacate.
- Eu quero escrever uns bilhetes.
- Tome o banho de rio primeiro, querido.
- Tenho que escrever primeiro antes que eu esqueça as letras.
- Para quem é?
- Eu fiz uma pequena lista...
- Ajudo a fazer dois hoje, se forem curtos...
- Escolha dois nomes, Dagger!
- Um bilhete para baby Dja e outro...
- Para baby Dja você consegue fazer sozinho... rs..rs...
- Qual é o outro nome?!
- O outro nome é o da moça que faz as ruas ficarem belas.
- Você esqueceu o nome dela, Dagger?!
- Claro que não!
- Então diga logo o que quer escrever para ela!
- Que quando ela pensa que chora o mundo a espera.
Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 03/12/2009
Alterado em 03/12/2009
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