REFAZENDO CRÔNICAS DA VIDA DOS OUTROS
REFAZENDO CRÔNICAS
Vamos falar de casamento. João perdeu a mulher por um doutor. O doutor perdeu a mulher por conta de uma enfermidade e depois ele se perdeu por tantas cervejas. Casamento que bebe muito sobrevive pouco. Vamos continuar falando da vida dos outros?
Niquinha não chegou a se casar na Igreja. Também já tinha flertado com o padre da paróquia do lugar. Disse ao José: Casar com você eu caso, mas não na Igreja! Casou. Casou e se arrependeu. José gostava de subir e descer mais do que ela tinha costume e sentia-se adoecida de tanto ter que se dispor da própria vontade. Gostava mais de quando só namoravam.
Já Antônia suspeitava que o marido dava mole para outros Deus é que acode. E de acordo com as revistas que ela tinha encontrado, Juca gostava de caras avantajados. E ela pensou que ela também gostaria. Começou a abanar-se com as tais revistas. Jamais lhe confessaria que sabia.
Cristina Tereza pensava se fazia ou não fazia um filho com o marido apesar de nada estar muito bem. Mas a mãe lhe dizia que deveria tentar para a casa se alegrar. “O casamento ganha corpo”, dizia-lhe ela.
Já Joaquim pensava se poderia continuar traindo Sandra, santa sonsa... santa sonsa....Que vivia lhe passando as camisas impecavelmente e a outra adorava desabotoar e dar umas amassadas. Sandra era uma mulher boa que não merecia chifre, mas ele merecia mesmo era a Dolores que lhe arrancava gemidos e até dores.
-Jorge, estou com um desejo novo, uma vontade que me deu de comer rosca seca...
- Espero que quando ele nascer, ele tenha desejos melhores que o seu.
- O meu melhor desejo é você, querido.
Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 16/12/2009
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