UMA MULHER VALENTE
Pensar em ser uma mulher famosa por um dia é pouco. Para ser uma mulher famosa como Jodie Foster, eu precisaria de uns anos. Não para ser a Jodie no filme The Accused, (Acusados) 1988. Pois assim eu seria a Sarah Tobias, uma garota moderna que foi estuprada em um bar. Também não daria conta de ser a Jodie em o Silêncio dos Inocentes, (The Silence of the Lambs) 1991, como Clarice Starling, agente do FBI.
A Jodie Foster que eu gostaria de ser é: Valente! (The Brave One). Como Erica Bain, uma cronista que lia suas crônicas no rádio. Uma maravilha! De repente passou a ser a justiceira. Eu como justiceira seria terrível. Acabaria com a farra dos políticos e com as fraudes dos concursos. Crime seria crime e punição seria para todos os mortais. Nenhum parlamentar seria isento a nada. Melhor eu ser cronista que justiceira. Melhor eu escrever sobre as emoções da cidade inteira.
Para eu ser a Jodie minha preferência sexual seria aprimorada. Pois não vale escolher ser só uma parte de alguém.. Então eu teria uma namorada. Quem eu ia escolher ter?! Como será que uma mulher escolhe outra? Será que pelo jeito de olhar e ler o coração ou pela ardilosa armadilha chamada sedução? Percebe como é complicado ter um ídolo?! Precisamos admirar e respeitar sem copiar. Sem se tatuar com o espelho do outro.
Voltando ao filme Valente, eu como a moça das crônicas sobre a cidade, escreveria sobre as luzes e não sobre as névoas. Sobre as paisagens de intensa beleza, como a de abrir um picolé e ajeitá-lo na mão de uma criança ou a calma de um idoso que a tudo contempla. Pois o mundo precisa de uma nova leitura que enriqueça a paciência e a tolerância. Para tal é preciso apreciar as mínimas coisas enquanto não se tropeça nos problemas urbanos com suas cenas violentas. Escreveria: Fique firme com a calma. Não deixe embrutecer a alma e será uma mulher valente.
Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 21/12/2009
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