QUE NOS VENHA A CORUJA BRANCA
Que nos venha a coruja branca
Outro dia pela sala ouvi da novela um irmão gêmeo reclamando do cansaço de ser sombra do outro. Bonito igualmente por fora, por dentro sentia-se inferiorizado pelo rastro alegre e até irresponsável do outro. Este era comprometido e sério. Entre lições ou intenções do criador, quais os reais motivos de existirem sombras entre os seres?
Se um pássaro pequenino no céu nos ofertar uma imensa sombra e esta nos assustar, pensaremos o quê? Há os que se alimentam das sombras dos outros. Problema é tentar criar uma que possa nos causar estragos. Afinal, não somos mais crianças para brincarmos de sombras na parede ou deixar que coloquem armas em nossas mãos como se fosse natural lutar para sobreviver guerrilhando uns com os outros.
Se a época é de mudanças, estas não podem se assemelhar às que ocorreram entre povos cada vez mais sofredores e menos senhores de suas decisões, pois nossa liberdade reprimida nos tirará o direito de bem educar novas gerações. Ao perder o controle da própria sombra, nenhuma teremos que nos substitua bem. Afinal, ao soltarmos um gatinho, é a sombra dele que desejamos ver e não de um tigre cubano.
Se em nosso lar percebemos que estão se afastando do amor as pessoas do bem, podemos chamar a coruja branca e pedir que sua sombra de paz e sabedoria acompanhe novos passos pela casa em função de um caminho harmônico e brilhante. E se ela não puder fazer o mesmo pelo mundo inteiro, que o faça pelo nosso país.
Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 01/03/2010
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