A bola rola no gramado. Brigam as camisas laranjadas com as azuis. Aqui no meu céu tudo é claro. Aqui no meu quintal tudo é terra. Eu bem que podia escrever para vocês um pouquinho a cada novo dia, mas prefiro que cada novo dia me diga como o viver aos poucos e escrever só depois de vivido.

Aproveito este intervalo de um jogo e espero que um time se torne o campeão para não me preocupar mais com isso. Preocupar em ver, preocupar em torcer, fazer parte dos que fingem não ter o que fazer de mais importante. Que é divertido além de tenso é, mas dá vontade de roer unhas e elas não possuem nenhum sabor.

Assim como gostamos de futebol, me lembrei de um artigo interessante do jornal de hoje que fala do nosso gosto por novelas. É verdade! E ele diz que já que é um fato essa preferência nacional, as novelas deviam servir para incentivar os jovens a valorizar a educação e a cultura. Concordo, mas deve ser feito sem muito didatismo ou pareceria artificial. Afinal, nesta era em que os vilões da vida real saem ilesos de quase tudo, como educar para melhor viver?

Os ideais de liberdade e justiça devem funcionar na prática para ter sentido em uma boa ficção. Ou então ficaremos com uma frase do Homer Simpson: “Eu não estava mentindo, estava escrevendo ficção com a boca.” Alanis Morissette, uma cantora canadense e americana disse que gostou muito do Brasil por que aqui as pessoas conversam olhando no olho. Por quanto tempo manteremos essa postura natural e pura?