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A PORTA DA VERDADE
Veio a madrugada do primeiro dia. As taças descansam, a comida já está bem gelada. Dormem felizes todos os seres? Bem, vamos refazer a pergunta: Dormem felizes todos os seres da sua casa? Continua difícil a resposta. Só o desejo positivo que é um fácil sim. Acertei? Bem, pelo menos não errei. Pelo menos não perguntei se você está feliz nessa madrugada. Também sou mais um que prefiro supor que sim. Pois o que todos querem é o sossego das horas e do sonho.

Quem sabe essa será a crônica que venha chacoalhar alguma consciência entorpecida. Bem que eu devia ter me embriagado de alguma alegria, ainda assim, vencida pelo cansaço adormeci logo após os fogos. Por poucas duas horas de sono deixei-me acordar não sei por que. Talvez para ficar perdida em minhas próprias buscas ou ansiedades. Talvez fez falta não ter tido tempo de sonhar com a mega-sena.

Andei perdendo tempo falando demais? Recolhi algumas palavras. Deletei um inteiro parágrafo daquele falatório todo. Deixei os nomes e outras histórias por contar. Faz tempo conclui que devo fazer isso com mais freqüência. Isso o quê? Contar histórias sem parecer que estou contando! Se eu conto e você lê e não cansa é sinal que o circulo transcorreu bem e com serventia. Aos poucos vamos percebendo que unidos somos pelo mesmo espaço vago da existência. De uma forma inteligente aqui choramos, aqui reclamamos e até nos identificamos com outros, seja em forma de brilho ou padecimento. Aberta fica a porta da verdade e cada um a cruza de acordo com sua necessidade. Estamos diante mais um ano que será recheado disto e daquilo. E o início é cheio do desejo de sucesso com o recheio. Fazemos bem em desejar.
Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 01/01/2011
Alterado em 01/01/2011
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