Escrevi qualquer coisa sobre a porta da verdade e estão hesitantes  os interessados em entrar. Vamos ver se esta porta vai atrair mais gente. Quem sabe estavam de ressaca e verdades podem trazer mais dores de cabeça enquanto a mentira pode até divertir um pouco. Da minha parte prometo com seriedade compartilhar minhas ideias para este texto levantadas com meus passos da cama para o banheiro. E o que ventilava por essa cabeça? Fique firme que eu vou contar!

O tiro no pé foi parar bem na unha do dedinho. Uma cabeça voou para as nuvens contemplando todos de forma quase sorridente. Há chuvas que molham as cabeças sem conseguir molhar os pés. Onde você estava que você não viu? Não se preocupe que haverá sempre o que conta tudo e já que somos um povo que acredita em milagres não posso concordar que o que diferencia uma crônica de um conto é a não ficção na crônica.

Como não ficção em crônica se estamos na era da mentira e a juventude se amarra em vampiros? Como não pode haver ficção em crônica se o brasileiro acredita em tudo que ouve? Bem, se chegou até aqui, vamos voltar para a porta da verdade. Não corra e nem se assuste com minhas próximas linhas. Não vou falar mal da Dilma toda bonita em sua posse. Pelo contrário. Vou falar que vou gostar mais de vê-la do que ao outro. Um espelho feminino é sempre mais interessante que um de barba sem fazer.

Vamos adicionar a esta nova paisagem o fato da nova presidente não ter precisado de intérprete para cumprimentar Hilary Clinton. Sinais de progresso em nossa nação, pelo menos a primeira vista. Aqui quietinha do meu canto fico torcendo pela aprovação de uma lei que se esta nova e única presidente do Brasil não conseguir aprovar, não haverá mais ninguém interessado em mover um dedo para aprová-la. Agora com a maioria no congresso para aprovar basta o desejo.

Entre a porta da verdade e da mentira alguma coisa nos resta, pois se promessas são promessas, esperanças também são esperanças. E fala se essa não é a cultura preferida deste povo?! Não é de esperança que vive alimentada a nossa alma? Afirmar que a crônica não admite ficção é uma mentira.