Jane Liminha acordou bem cedinho e pensou em fazer um vestido que nem o que vira na vitrine. Fez. De tanto namorar o vestido o achou bem mais bonito que o que tinha visto. Na dúvida voltou a vitrine e colocou mais reparo. Voltou em casa e não tinha mais dúvidas. O seu era mais bonito.
Ajeitou o vestido com amor pela obra e pensou se ele não mereceria uma caixa bem bonita. Achar uma caixa que combinasse com seu vestido não seria fácil. Foram horas batendo perna atrás de uma caixa certinha. Demorou, mas achou.
O vestido dentro da caixa era seu novo tesouro. Não havia chave para a caixa e não sabia onde a guardaria. Teria que protegê-la de tudo. Ainda bem que não era muito grande. Telefonou para uma amiga falando do vestido e da caixa e esta lhe ofereceu para o que precisasse desde que pudesse usar o vestido pelo menos uma única vez.
Jane Liminha concordou desde que o vestido ficasse lindo nela, tão lindo quanto ficara a cópia original que vira na boneca da vitrine.  
- Mas tu não disses que era de boneca, Janinha?!
- Tu também nunca havias me dito que era de onça, amiga!




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