MAMÃE, EU VOU PARA CALIFÓRNIA!


Quem não se lembra da canção?Naquela época ir para Califórnia, viver uma vida diferente, ser artista de cinema, e quem sabe com seu destino de star, conforme cantado na bela música. Era gostoso ouvir e cantar era uma forma de identificar-se com os sonhos. Afinal, todo jovem sonha com independência e a oportunidade de se dar bem. A música despertava prazeres diretos e festivos. Mesmo um que nem soubesse nada sobre a Califórnia ou em que raios ela ficava, sabia que devia ser um lugar bom demais, com portas abertas para ser feliz. De acordo com a música o sonho já tinha endereço certo. O certo é que a Califórnia era sonho dos povos de diversos países e sua população latina só vinha aumentando. Além de hospedar estúdios de Hollywood, era chamada de Golden State desde séculos.
Já não é possível e nem se deseja ir para Califórnia como nos velhos tempos. Com tantos caçadores de sonhos a Califórnia teve suas leis de imigração mudadas para lá e para cá. Quem sabe o jeito agora é a gente cantar: Mamãe eu vou para Curitiba. Lá os jovens promovem zombie walk e tentam viver uma vida diferente. Lá tem festival de teatros, mais de trinta parks e um sistema de transporte público de causar inveja. São tantas avenidas largas, mamãe. Lá tem jardim zoológico bom para os que gostam da ideia de dar pipocas aos macacos, fotografar araras e corujas. Sem falar no clima de sol e chuva, chuvinha e sol.
- Não, minha filha! Nada de Califórnia ou Curitiba. Você vai viver é aqui mesmo.
Mudam as estações, mas as diferenças de gerações continuam as mesmas.








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