SEM PLANOS DE AULA PARA A LOUCURASem planos para o dia, me resta pensar em trabalho e mais trabalho. Quando inventaram a profissão do professor será que sabiam que estavam inventando a profissão da loucura? Será que premeditaram uma profissão que você faria do seu mundo uma preocupação com o mundo de milhões de outros? E que para tudo isso fosse possível você receberia muito pouco pelo seu trabalho? Sim! Fizeram você pensar que Deus te levaria para o bom céu depois da sua morte com todas as honras do paraíso? Pelo andar da carruagem pode ser que o corpo de um professor não fique nem com a alma inteirinha para provar do descanso reservado pós morte. Então onde irá parar o mérito da profissão cada vez olhada com menos respeito e mais loucura? Será por isso que cada vez mais se tem menos orgulho e mais senso crítico em relação a ela? Lá para as bandas de São Paulo uma enxurrada de depressão pós anos de ofício já se choca com a síndrome de pânico dos que a iniciam. E pensando bem, lá no Rio os professores do Realengo também deveriam receber medalhas de heróis já que suportaram lecionar da época do Wellington até os dias de hoje naquele mesmo ambiente provando daquilo que ele viveu. Já o policial herói que matou o “meliante” conviveu com o drama só por uns segundos dos seus ossos também do ofício. Bem, acho que é hora de findar essa crônica antes que a parte com tantos deveres para serem cumpridos não se renda a loucura de ser o que é.
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Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 16/04/2011
Alterado em 16/04/2011
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