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QUE TÍTULO DAR À TAL VENTANIA?



Não sei que dia deste a manhã foi escura. Não sei que tarde destas pelas peles de lã faltaram candura. Em muitos dos corpos mal aquecidos o frio adentrava fazendo com que os seres temessem até pela alma. Por mim passaram minutos de não sei o que e nem vindo de onde. Nunca sabemos onde a maior maldade se esconde. Preferi ir deitar mais cedo e deixar o mal de longe. Talvez tenha sofrido só com o meu silêncio. Talvez o mundo tenha sofrido um pouco em cada canto geográfico por conta dos estragos da inesperada atmosfera fria. Milhões de seres com seus segredos e sinais. Várias ou nenhuma escuta onde os mais frágeis se hospedam. De resto vendavais de poeira penetrando as casas. Mãos sujas pelo pó vindo não se sabe de onde. Talvez de outras casas, morros, asfaltos ou fronteiras. Todos dignos da mesma ventania.


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Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 09/06/2011
Alterado em 09/06/2011
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