O MAU JEITO DO MUNDO
O dia estava mais que estafante. Pensou em largar mão de tudo e abrir as janelas, o paletó e uma Brahma. Sim! Poderia ser a melhor ideia. Aproximou-se da geladeira. Nenhum gato lhe seguiu, nenhum cachorrinho latiu e a geladeira estava lá muda de tudo. Abriu. Viu um leite. Sacudiu e estava pela metade. E a Brahma?! Nenhuma! Apenas uma lata de skoll e outra de Antarctica sub zero tamanho médio. Talvez não fosse mesmo hora de tomar nada. Ainda assim, abriu a skoll. Geladinha... Sentiu o líquido descer na garganta seca e o telefone chamou repetidas vezes. Resolveu ir ver quem era. Já não era. Achou até bom que tivesse parado de tocar. Durou pouco a bonança. O tal do celular existia e começou a tocar também. Largou a geladinha para ver onde estaria o maluco tocando e não achou. Tudo bem! Parou de tocar também. Precisava desligar a geladeira. Tanta coisa precisava. Poderia fazer uma lista. Fósforos! Por Deus! Era o segundo dia que esquentava água para o café no microondas. Tudo que é feito às avessas não parece ficar do bom jeito. OK! O mundo está cada vez mais repleto dos maus jeitos. Poderia então se esparramar no sofá com a sub zero e pensar que gostaria de não fazer parte de nada daquilo. Afinal, o último e-mail que recebera tinha a imagem de um super-homem em estado flagelado. Que herói seria o homem no futuro se até ele pedia socorro? Mas e se todos os homens bons passassem a fugir dos problemas pensando que tudo poderia ficar azul com uma cerveja pilsen duplamente filtrada abaixo de 0ºC? Estaria ele a salvo como na imagem dos dois pingüins de pé um olhando para o outro? E se fizessem com a cerveja o mesmo que já planejam fazer com os cigarros? Eliminar o logotipo. Acabar com a imagem do prazer ou de que aquilo serve para algo que faz bem? Bem...Hora se sub zerar preocupações que terminariam em crônicas.
www.letrasdobviw.blogspot.com
O dia estava mais que estafante. Pensou em largar mão de tudo e abrir as janelas, o paletó e uma Brahma. Sim! Poderia ser a melhor ideia. Aproximou-se da geladeira. Nenhum gato lhe seguiu, nenhum cachorrinho latiu e a geladeira estava lá muda de tudo. Abriu. Viu um leite. Sacudiu e estava pela metade. E a Brahma?! Nenhuma! Apenas uma lata de skoll e outra de Antarctica sub zero tamanho médio. Talvez não fosse mesmo hora de tomar nada. Ainda assim, abriu a skoll. Geladinha... Sentiu o líquido descer na garganta seca e o telefone chamou repetidas vezes. Resolveu ir ver quem era. Já não era. Achou até bom que tivesse parado de tocar. Durou pouco a bonança. O tal do celular existia e começou a tocar também. Largou a geladinha para ver onde estaria o maluco tocando e não achou. Tudo bem! Parou de tocar também. Precisava desligar a geladeira. Tanta coisa precisava. Poderia fazer uma lista. Fósforos! Por Deus! Era o segundo dia que esquentava água para o café no microondas. Tudo que é feito às avessas não parece ficar do bom jeito. OK! O mundo está cada vez mais repleto dos maus jeitos. Poderia então se esparramar no sofá com a sub zero e pensar que gostaria de não fazer parte de nada daquilo. Afinal, o último e-mail que recebera tinha a imagem de um super-homem em estado flagelado. Que herói seria o homem no futuro se até ele pedia socorro? Mas e se todos os homens bons passassem a fugir dos problemas pensando que tudo poderia ficar azul com uma cerveja pilsen duplamente filtrada abaixo de 0ºC? Estaria ele a salvo como na imagem dos dois pingüins de pé um olhando para o outro? E se fizessem com a cerveja o mesmo que já planejam fazer com os cigarros? Eliminar o logotipo. Acabar com a imagem do prazer ou de que aquilo serve para algo que faz bem? Bem...Hora se sub zerar preocupações que terminariam em crônicas.
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Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 09/07/2011
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