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PARA QUE BERRAR TANTO?!


Por que este cílio branco em minha sobrancelha? O espelho sorri para não responder e não insisto na pergunta. Também a idade para perguntar coisas ao espelho faz tempo expirou. Agora é tempo de achar graça da própria cara e se acostumar com as novidades. Isso! Ame tudo que o espelho mostrar ou se tranque dia sim e dia não em casa. Quem deseja se trancar? Ninguém. Tantos motivos para fitar o sol lá fora, muito maior que toda pequeneza humana. E quem quer falar de pequenez? Eu não! Nem dei ouvidos para o motorista enfurecido que gritou que a preferência era dele, se eu não sabia? – Com tantos gritos, se não soubesse já estaria sabendo, não só eu como o Cristo Redentor lá do Rio de Janeiro, fora os santos da Igreja próxima. – Mas por acaso eu tinha que esperar ele conversar no celular?! Pensei mas nada disse enquanto o som dos gritos me acompanhava. Querendo ou não estamos sempre dando de cara com a pequenez cotidiana e vamos empurrando os erros com a barriga. Cada um com os seus e já que nenhum carro bateu, para que berrar tanto?! Com certeza a feiúra dos berros realçaram mais que minha falta de preferência. Fiquei mesmo foi com pena da mulher que o berrante tinha ao lado. Ela em seus dias devia engolir uma boiada se aquele era o marido. Ah! Detalhe dos berros: - Só por que é mulher acha que pode?! Sei não... Talvez por sermos mulheres, pensamos mais que gritamos.

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Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 12/09/2011
Alterado em 12/09/2011
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