Você já desejou ter nascido há muito tempo antes?
Senti este desejo hoje quando recebi um e-mail falando de um filme de 1940 e alguma coisa que recebi da Lu Narbott. Pois pensa bem! Se nesta época eu fosse uma mocinha, teria sido professora nos tempos em que a profissão tinha seu status... Mas e depois? Será que teria sido assassinada na ditadura? Sempre tive minha vida relacionada com a morte em meus rabiscos sentimentais e existenciais da adolescência. Vira e mexe no espelho digo: Ainda estou aqui! O tempo passa, eu não morri e o mundo também não acaba. Mas e nossa importância? Será que passaremos a vida desejando ser alguma grande coisa? Conversando com uma amiga importante para mim, que não sei lá por que raio não se julga importante (deve ser coisa da natureza dos que acham que não fica bem admitir essas coisas) disse a ela que não se ver é diferente de ser ou não ser. Imagina se eu tivesse uma rua com meu nome, se eu não me sentiria importante?! Pois me sentia importante de criança até com uma fábrica de biscoito ou macarrão que tinha meu nome ao avesso, sem nem se referir a mim... rs. Mais tarde fui achar meu nome nas poesias de Tomás Antônio Gonzaga, e pensava que ali meu nome ainda era mais importante que no biscoito. Depois como passam os anos dos que não prosperam sem duras penas, parei de pensar essas bobagens and here I am, still nothing at all. Talvez esperando que o
El condor que passa sobre os Andes, abra as asas sobre nós.*
*Belchior
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Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 17/06/2012
Alterado em 17/06/2012
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