TOCA DO MINEIRO


Fiz um stop na toca do mineiro. Não resisti aos olhares convidativos da caçarola italiana. Nem importei que no carro de pé no porta copos me esperava uma bohemia pela metade. O bom de não estar dirigindo é poder dirigir as nossas vontades. Ao sair da toca vi uma placa dizendo que ali era o RANCHO DO BANANA. Já disse o quanto acho interesting os nomes que os mineiros dão às suas coisas, mas isso é assunto para uma crônica de nove metros e ninguém aturaria. Prossegui em destino a férias para que te quero. Lógico que é para relaxar! Portanto nada de conversar com espelhos. Caso contrário ele te lembrará das rugas, rusgas, marcas de prazer, ódio ou ira, enfim, todas as coisas que não temos culpa, mas pelas quais sofremos. O bom de estar envelhecendo é poder sorrir para o poder do tempo. O tempo pode tudo e temos mais é que agradecê-lo pelo que nos oferece. Lamuriar é perder o poder de aprender a refletir sobre todas as coisas, o que não significa que estamos prontos para compreendê-las, mas bem que deveríamos.

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