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A VALIDADE DOS SERES E OS SENTIMENTOS QUE ENRIQUECEM A MESA



Antes do sagu chegar à mesa, a noite iniciara com passos calmos de uma moça que abria a porta de um apartamento de lua. Por dentro da alma também calma e cheia de linhas por vir, a moça descansava uma receita que usava vinho, canela e cravo na geladeira. As mesas estavam enfeitadas de coisinhas boas para comer e foram comidas com torradinhas. O paladar regado de um espumante branco saboreava as conversas. Era agradável estar ali e depois chegar até as fotos de Chicago. Talvez só assim Chicago não apavorasse com seu vento. Mas para que pular a salada tão gentilmente preparada? O jantar ao leito de queijos banhando o camarão ao dente acompanhado de um arroz gostosamente carinhoso? Parabéns ao chef não poderia deixar de ser dado enquanto os papos pulavam da política que cansa de ofertar incógnitas para os anseios dos povos, não importando se de primeiro ou terceiro mundo, se sobre a saúde ou educação, até que a sobremesa veio... E dei de cara com o primeiro sagu da minha vida. Caso ninguém apreciasse, havia sorvete. Mas como disse o chef: o primeiro sagu, ninguém esquece. Sem falar, que ele era o detalhe que acabou ganhando a atenção da noite e serviu para prolongar todos os prazeres no contêiner em que trouxe uma porção para casa. Talvez tenha reforçado traços de mineirice entre paulistas ou transcendesse tudo que pudesse virar linhas de uma noite entre amigos que se formam. Como autora das linhas e convidada a degustar de todos os prazeres aqui descritos, só tenho a agradecer. São momentos assim que motivam o aumento da taxa de validade dos seres.




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Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 18/11/2012
Alterado em 18/11/2012
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