Textos

Em busca da máquina apropriada do tempo


A segunda-feira será tão brava, que resolvi começar este domingo como se ele pudesse ser manso. Baseado na hipótese de que sempre mando nele, poderia até ser, não fosse a profissão ingrata. Será que podemos chamar de ingratas todas as profissões que nos fazem trazer dever para casa? Melhor não fazer lamentações chinesas. Por falar neles, muitos mudaram para minha cidade. O povo começa a reclamar que eles estão se achando... Pelo Brasil tem aumentado também os bolivianos, africanos, haitianos... Novas permissões oficiais os basearão em 100 por dia. Num futuro próximo estarão em pé de guerra com brasileiros mal-alfabetizados por uma vaga de emprego. Tomara que Deus a todos proteja. Agora vamos para o domingo manso. Como manso?! O jardim implora para ser capinado, roupas para serem lavadas, avaliações para serem corrigidas... Que lista cansativa! Algum tempo para exercitar capacidades mentais com lazeres ilógicos? Vontade de ignorar tudo e ir passear no shopping, ou fantasiar uma piscina no quintal, um solzinho cheio de vitamina D, um corpinho zero cal com a cara de quem ainda teria uma vida inteira pela frente. Precisaria de uma máquina do tempo, uma especial para o cérebro e com direito a uma de chocolate? Talvez o melhor seja sair da janela onde a mente viaja. Próxima parada: o próprio chão! O tempo acompanha trens velozes e não pretendo avistar pensamentos engatinhando. Vai que a máquina me faria um bebê de novo...

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Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 21/04/2013
Alterado em 21/04/2013
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