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AS FRIVOLIDADES DAS CRÔNICAS


Estávamos eu e Darling levando o carro para ser lavado. Passou um velhinho andando devagarzinho e a ouvi dizer: Um pé na cova e um cigarrinho na mão. Olhei, ri e comprovei. Imaginei Darling olhando para mim daqui a uns bons anos e dizendo: com um pé na cova e uma Heineken na mão. Bem faço eu que me calo agora que Darling está em um regime fechado, caso contrário estaria eu daqui a uns anos dizendo: Com essa carinha mais linda e um bolaço no prato. Fala que essa vida não é boa para falar dos outros?! E enquanto guardava o carro na garagem? Os vizinhos são sempre alvos. Imagina se não deixei escapar uma frase ao avistá-los em frente a um boteco com cadeiras invadindo a metade da rua: Pensam que a rua é toda deles! Mas tudo bem, o boteco é lá adiante. Pior é quando o vizinho de frente estaciona o carro em frente a nossa casa e Darling é que reclama. Eu que gosto mesmo de colocar om carro dentro da garagem, vou me acostumando com as lamentações. Afinal, acabam se encaixando em uma crônica. E entre as funções delas lá estão as frivolidades. 



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Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 05/05/2013
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