ESCREVA UM TEXTO, MARÍLIA!
Está bem, vou escrever. E vou variar bem os assuntos, a falta de tédio, a falta de poetar. Vou variar os passeios, as vitrines, as páginas dos jornais mal lidos. Vou variar as sobremesas, incluindo o mingau de milho verde feito pela própria mãe. Quem sabe misturando as almofadas que ela coloca atrás das costas quando vê TV; entre os joelhos enquanto dorme; sob as nádegas enquanto borda, o mundo não fica mais macio?
Cheguei a comentar que as vítimas do recente atirador na escola da Flórida, foram atendidas no hospital em que minha irmã trabalha? Em dias assim, também temos vontade de nos jogar um pouco fora, por fazermos parte desta massa humana que fere e mata. Deve ser por conta de tudo isso que se fala em busca e apreensão coletiva. Mas se começa no Rio, onde é que vai parar?
Continuando o texto, tenho percebido que minha alma anda mais calma, embora meu senso crítico peça menos licença para passar. E se em boca fechada, não entra mosquito, melhor eu dizer para o mosquito respeitar minha boca aberta. Estou assim, como quando Simone cantava “eu tô que tô”, depois que me expresso. Mas nem pense em me perguntar como estou diante o quadro do futuro, pois ele não mais a Deus pertence. O futuro, meu amigo, pertence as novas leis. Pertence as novas descobertas, novas motivações e as informações que nos chegam.
E não vou falar dos medicamentos, vacinas, abusos, assédios, permissões para uso de armas e outros temas fortemente abordados pela mídia. Quero é não esquecer de ver o novo filme de José Padilha: Sete dias em Entebbe. Por agora é só. Good Bye, o texto está aí.
Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 20/02/2018