É quase verdade que sou livre, mas verdade mesmo é que sou um ser do bem. Liberdade quem tem é o passarinho que aparece na biblioteca, desaparecendo antes de virar presa do meu olhar que o admira.

Liberdade, temos quando somos jovens. Nessa fase em que se sonha em ser livre, é a que mais nos aventuramos. Temos mais preocupações com desejos que com erros. Com o tempo trocamos essa palavra por outra: felicidade. E para ser feliz vale tudo! Ser livre vira coisa de passarinho.

Para questões mais gerais, como era para o negro se libertar da escravidão, liberdade e felicidade se assemelham. Graças a Deus se libertaram! Há situações em que liberdade seria uma injustiça, como no caso do assassino de John Lennon que tanto queria sair da prisão.

Agora posso voltar ao passarinho. Suas penas leves, seus pezinhos franzinos, seu biquinho fininho. Tanta beleza ali naquele ser livre. Talvez tenha perdido minha liberdade quando passei a desgostar de números. Depois me convenci de tê-la recuperado ao amar as letras. Há muitas formas de encontrar o amor da vida.