DISSABOR MEXICANO
DISSABOR MEXICANO
Marília L. Paixão
Ontem ao assistir a um filme com Jeniffer Lopez e Antônio Bandeiras fiquei com aquele mal estar vindo do México. Tratava-se da globalização e suas conseqüências naquele miserável mundo. Não bastando a exploração da mão de obra, ainda tinha o absurdo descabido e sanguinário, daqueles loucos com seus desejos doentios a estuprarem mulheres como se elas fossem frutas quase pobres prestes a caírem da árvore e se enterrarem pelo chão sem nenhum sopro de vida. E ali, depois de caídas, poderiam então ser pisoteadas. Mas que tal maltratá-las mais um pouco? Mas se tratavam de jovens quase destituídas de sonhos. Então estariam puxando as mangas ainda verdes das árvores e lhe enchendo de marcas. Talvez um furo no olho, um rasgar de boca feita a canivete e antes de lhe jogar sem casca nenhuma de volta ao solo, achavam fundamental lhe perfurarem o caroço com o próprio sexo. Deveria ser uma forma de averiguar se este depois da barbaridade voltaria ileso para dentro das calças. Comportam-se como se fossem bichos comedores de lama, sem nenhum temor à lei ou alguma difamação. A mais aterrorizante sensação ao assistir ao filme era o pensamento chocante e constante de saber que aquilo tudo era verdadeiro. Já tinha lido a respeito um tempo antes na própria internet. Não! Nada disso nos diverte. Cada um merece mesmo um melhor lugar para viver e este não tem que ser em seu próprio país de jeito nenhum se neste a injustiça cresce e as tragédias vão aumentando em suas formas cada vez mais bestiais.
O maior problema dos países de terceiro mundo é a impunidade e a injustiça. Nestes, as corrupções passam a ser brincadeiras espertas entre os que têm em mãos mais poderes. Onde estes fatores reinam não existirá progresso coletivo e nem igualdade de espécie alguma. Assim sendo, o país dos sonhos continuará sendo um outro. Graças a Deus que existe um outro!
Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 04/09/2007
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