DESEJA UM LIVRO SEM UMA PÁGINA PERDIDA? - BVIW



Falar de poesia é como falar do seio onde o poeta descansa da lida, esquece frustrações eruditas ou tenta encarar a dor de forma menos pessimista. De uma forma ou de outra, a alma encontra guarida.

Há quem faça da poesia um leito de agradecimento a vida. Podemos usá-la para ímpetos de instantânea alegria, mas o que mais confortaria uma artéria poética? Se nem tudo que reluz é ouro, o que fazer do brilho da retina? Que poeta deixaria uma gota perdida, se dela fizesse a catarse com imaculada sabedoria?

Se há um lugar onde dor e tristeza se rendem, é onde a poesia faz seu castelo. Nela, nenhuma palavra fica perdida e nenhum ser fica sem se despir um pouco, com ou sem julgamento. Por essa sensibilidade maior que a ciência, recomendo o livro, Julgamento Poético, de Gisele Leite.

Diante a arte de viver, com ou sem afeto, amor é fato; mesmo para a autora que nos diz que o afeto é o analgésico de existir. Nenhuma alma ficará perdida em meio a sua poesia. Pelo contrário, há mais para se aprender que se espelhar. Caberá ao leitor averiguar se há mais redenção que julgamento.