CUSTAVA DAR MAIS UM DIA PARA AS DUAS?
Finalmente um domingo com sensação de inverno. Combina com o amor que dorme e com a minha quietude. Combina com projetos literários e até com lassitude. Mas troco tudo pela paz e pelo sol morninho. Incrível como nossa mente consegue ser trilhões de vezes mais bela que nosso corpo e infinitamente mais inteligente.
Hoje é dia de amadurecer ociosidade intelectual. Tirar da inércia aqueles pensamentos que alçam voos. Afinal, quem não tem um rio para contemplar tem mais que aprender a desenhar cachoeiras. E o que desenho? Talvez um rabinho de uma lagartixa. Minha sorte é que minhas letras são mais felizes.
Ontem o jornal chegou atrasado, tal qual a alegria dos seres. Essa mostrou a cara depois de um jogo de cartas. A vida oferece melancolias que uma Stella Artois desfaz fácil. Deve ser por isso que minhas irmãs comemoram tudo que podem com drinks e tira-gostos. Talvez isso explique futebol e churrasco na vida do brasileiro. A predisposição para se alegrar não importando o resultado.
Mas vamos aos momentos especiais da vida, como os que tiveram Luz e Ondina no capítulo de ontem. Passei mais de uma semana esperando por este momento e em seguida mãe e filha são separadas pela morte. Muito infeliz o autor em não oferecer mais momentos das duas juntas aos telespectadores. São por esses momentos que a teledramaturgia prende e cativa. Do resto estamos cansados e fantasias mal elaboradas mal dão prazer algum. A verdade é que sempre queremos mais do que pouco temos.
Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 28/04/2019
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.