A SEMENTINHA MORTA - BVIW

A SEMENTINHA MORTA - BVIW

Saía a menina de casa às pressas para não se atrasar na escola. Pelo caminho cumprimentava os cachorrinhos, os passarinhos e até os pedintes. Não sentia o peso da mochila carregada de livros e crenças que a vó lhe passava. Mas do nada um obstáculo a fizera perder estrelas com a testa no chão.

Acordara em um posto médico. Nos pensamentos, solidão. Lhe perguntavam seu nome. Não sabia o que dizer, nem em qual estado ou dimensão. Dormiu de novo. Acordou com a voz de algum cantor também desconhecido. Um senhor lhe fitava com cara boa e podia ser até Jesus Cristo.

A menina cresceu por dentro meio que santificada; não se interessou por namoro, da igreja queria a paz de não ter que viver apressada. Apegada em seus companheiros livros, seguia uma trilha rimada. Pouco importava o que teria sido se um dia não tivesse caído. O passado era uma sementinha pisoteada e morta