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COMO UMA HISTÓRIA NÃO DEVE SER



E lá estava eu idiotamente no sofá da sala assistindo noite após noite “O Sétimo Guardião” à espera de não sei o que..., mas este não sei o que poderia pelo menos ter ao final alguma mensagem bonita. Nem sou do tipo que lê resumo de capítulos ou coisas tais... gosto da surpresa, da expectativa, do especial momento. De repente de tanto nada de interessante acontecer me assustei quando descobri que estava no penúltimo capítulo. Bom, para quem tinha acompanhado toda história, aguardei o último sabendo que não tinha mais o que aguardar. Afinal, boa de imaginação como sou, dali para os instantes finais teríamos algumas cenas felizes, previsíveis, mas felizes. Felicidade é uma coisa que a gente gosta de ver.

E fiquei matutando... falta saber se Valentina mata Olavo ou Olavo mata Valentina. Falta saber Se Luz casa com Gabriel ou se casa com Júnior. Falta saber o sexo dos bebês que nascerão, a emoção de um dos partos, essas coisas.... Falta saber o que acontecerá com os vilões, com a fonte, com a mulher do prefeito, etc., etc..Com todas essas coisas faltando teríamos momentos emocionantes e até surpreendentes. Pensei também no Docudrama, se seria nos mostrado...

Abestalhada descobri antes de ver o fim escrito na tela que não tivemos direito a nada disto. Que toda mesmice, acompanhada de falta de sensibilidade e emoção se arrastou até os instantes finais. Tivessem me perguntado como dar um final interessante para a trama eu teria ajudado sem cobrar nada. Assim sendo me senti como quando o Olavo estava morrendo e suas palavras foram: “que merda é essa? ” Qualquer telespectador merecia muito mais que isso. Tudo vago, tudo sonso, toda uma trama perdida. E será que eu perdi meu tempo precioso com essa novela? Não! Pois aprendi muito bem como uma história não deve ser.


Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 18/05/2019
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