ARTE DA ESCRITA
Livros que falam da arte da ficção realçam obras e autores que marcaram a literatura e são usados como exemplos em oficinas de escrita. Chega-se ao senso comum de que é o bom leitor que faz o ótimo escritor. Depois você senta e começa a narrar histórias. Mas os melhores exemplos estão nos livros que você já leu ou falta ler. Usam comparações de um escritor com outro o tempo todo. Ah! Como seria bom se tivéssemos lido tudo aquilo. Concluo então que é ótimo o exercício de comparar um texto com o outro, acentuando a beleza, fazendo descoberta de estratégias, estilos...
Tenho observado em filmes, novelas e séries, o valor da emoção ou da ação da personagem. Em roteiros, cada página equivale a um minuto de filmagem e é descartado ou não pelas dez primeiras. O mesmo acontece com a leitura? O que a torna atrativa? Não é intenção generalizar nada. Leitores não possuem gostos universais. Aposto no poder da emoção diante um texto, um roteiro, um fato, uma exposição de uma vida.
Cada gênero possui requisitos específicos, mas por que textos intimistas são cativantes? Junto a veracidade ou o que nos fazem crer, chegam as emoções sentidas. É quase como vestir a pele do outro por algum momento. Quer sensação humana maior que essa?
Aprendemos ao ler, ao escrever e com a vida. Junto a arte de aprender vem a arte de ensinar. Quem escreve ensina até sobre si mesmo. Dom, persistência e muita prática forma o escritor. É preciso ter foco e observar muito as ações humanas. Escrevem melhor os que sabem contar sobre elas.
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