DERROTA SEM BATALHA
Eu não ia começar este texto falando de mãe, mas como li um que adorei falando de mãe agora a pouco, minha alma se derreteu pro lado da minha. Ela que não posso ligar no horário do seu stress matutino, que é a preocupação com o almoço e a casa. Ela que não posso ligar na hora das novelas, por que o meu não ter nada para dizer, liguei só para saber se tá tudo bem, foi em péssima hora. A hora boa de ligar deve ser a hora em que adivinho o tédio dela, que aí ela suspira e proseia um pouco.
Agora vamos para minha manhã. A cabeça acordou meio zumbi com o peso de um sono atrasado ou sei lá mais o que. Então resolvi que hoje agiria como dona de casa e faria o almoço (não tenho o costume). O almoço ficou do tamanho de um fogão de quatro bocas, mas alimentou a casa. Bom mesmo é que enquanto picava as coisas, conversava com uma das escritoras do BVIW. E claro, a gente sempre escolhe falar de outra escritora tanto ou melhor que a gente. Pica a cebola e fala, pica o inhame e ouve, pega o azeite e deita na panela, fala enquanto procura a tampa.
E finalmente recebo uma permissão de outra escritora para usar um trecho dela neste texto. Espera aí que daqui a pouco encaixo. Na terça-feira trabalhamos o tema sobre a escrita, cuja leitura recomendo do meu em diante e antes, claro. Mas vamos ao que Mônica Cordeiro disse:
A escrita é um processo de desenvolvimento intelecto-individual com lapsos memoriais e histórias que marcaram pela identificação pessoal.
E aí fico pensando se quem tem amigas que escrevem assim precisa ficar lendo os grandes mestres. Mas vai que é de tanto lê-los que se formam pensamentos desta grandeza? De qualquer forma, como botei na cabeça que quero escrever um romance, deixarei esta fala de
Paul Johnson às vistas para ver se eu não desanimo:
Um mau romance é melhor que um romance não escrito, pois o mau romance pode ser melhorado; já o romance não escrito é derrota sem batalha. a imagem é googlehttps://www.recantodasletras.com.br/cronicas/7039216