Se ‘Grandes professores não dão em árvores’ , grandes escritores também não. Escrever bem não depende apenas de inspiração. Não há receita para ser seguida como num bolo de letras. Mesmo com ingredientes de um lado e mãos a obra do outro, pode não sair a contento. Escritores também provam do “no pain no gain”. Escrever não é como dar um carro para um mecânico consertar, nem é como levar um paciente para um centro cirúrgico. Também não se trata de levar para a lavoura somente as sementes de determinada fruta ou leguminosa específica. Escrever pede paixão, emoção, desembaraço, contraposição. A escrita que desperta a mente, não pede floreios mas não descarta a poesia. A escrita prova dos dilemas paradoxais e pede o corte prolixo da história. Durante o ato da escrita seria fácil devanear esticando assuntos como fazem bons palestrantes, mas o tempo nunca urgiu tanto quanto agora e clichês não são bem vistos. Talvez o ideal seja sentar com sua aura e se permitir um descanso até que Ideias originais levem ao desenvolvimento e alcance do objetivo. Daí o resultado equilibrado das razões e emoções de cada autor é que resultará no sucesso da atração ou não por seu estilo.
Marilia L Paixão