Grandiosos Ciscos e Ticos - BVIW

Grandiosos Ciscos e Ticos - BVIW

Milton Nascimento canta que todo artista tem que ir onde o povo está. Eles vão genuinamente e outros senhores, somente na época interessada. Numa fila de supermercado ou banco nos misturamos a toda sorte de criaturas. Não há felizes ou infelizes, apenas apressados e até trabalhadores sujos de tinta ou graxa.

Quando a pé pela rua é diferente. Ninguém quer saber de olhar o outro. Tudo é perigoso. Há inúmeros locais onde a mistura do povo é filtrada. Onde ele melhor se mistura é através da música. Por ela, até celebridades sobem a laje como exigia o clip do vai malandro, que serve como cisco de exemplo. Por essas e outras a cultura foi responsável pelo tico de igualdade social que permite sentar-se no mesmo cinema para assistir a um filme ou fazer a leitura de um mesmo livro não importa de onde. E tem o rádio, toca tudo que o povo gosta ou que lhe é favorecido gostar.
 

De bom e recente, o espaço para uma

nova literatura abraça romances escritos por mulheres negras nos presenteando com uma igualdade de sentimentos e emoções que passam a ser compartilhados e sentidos. Estas são portas ainda acessíveis para que a cultura real do povo seja expandida. Fora isso só se expande tragédias das desigualdades e suas ocorrências.

Marília L Paixão

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Obs:

trecho de música que perfeitamente se encaixa na escolha desta abordagem:

"Foi nos bailes da vida ou num bar em troca de pão, que muita gente boa pos o pé na profissão de tocar um instrumento e de cantar não se importando se quem pagou quis ouvir"

milton nascimento.