Bviw apresenta
ESQUECI
Tema sugerido por Lu Narbot
Minis by escritoras do BVIW
Extras by Gisele Leite & Lu Narbot
Introdução, Escolha de Destaques e Justificativas by Mônica Cordeiro
Arranjos by Mary Fioratti
Interatividade by Marília L Paixão
Introdução
By Mônica Cordeiro
E por falar em esquecer... Quem não aparece cai no esquecimento. Exceto a Alice que despencou num buraco e virou uma gigante, entrando na porta que a levou para o País das Maravilhas. Esta sensação é a que tenho ao ler cada um dos contos que foram produzidos neste último encontro. Mal sabia a Lu Narbot, ao escolher este tema, que estaríamos fascinados pelas construções e apesar do conceito atrelado, não perderíamos sequer um segundo desse deleite.
Esquecer é verbo que caminha para o infinito, apesar de que as lembranças, estas visitas inusitadas, vez ou outra fazem de nós meros expectadores de uma história construída a duras penas. Quem nunca esqueceu ao menos uma coisa nessa vida, não viveu.
Deixemos de lado esta filosofia de boteco ou diria este baquete de entrada, servido frio, e partamos para o que interessa. O tempo urge e o Bviw não pode esperar. E, com um adendo antes de sair de cena, lamento não ter chegado a tempo: paguei a internet, mas o técnico me deixou cair no esquecimento. E então caíram também as minhas expectativas, nuas, ao chão, queria fazer número com esse povo que novamente, deu show.
E foi assim que Zelinha nada acrescentou. Ou poderia dizer que ela pensou, usando e abusando de seus conhecimentos filosóficos que não tinha contribuído? Esquecer nesse caso virou arte, nos dois sentidos.
Marina foi buscar inspiração na gênese da vida. A dor de colocar no mundo um ser fica pequena diante da grandiosidade da maternidade. Não há dúvidas de que a sensibilidade tomou conta deste texto, profundo e sábio. Não fosse, é claro, a quantidade de vezes que a personagem principal pariu... Fiquei perplexa! Mas há bem pouco tempo atrás, minha avó colocava no mundo seus 11, e a mãe da minha vizinha, seus 17. Logo, no campo da possibilidade vivem dezenas dessas por aí.
Jaciara parece roteirista de novela. Trouxe uma realidade nua e crua da patricinha que era uma chata. Queria uma final feliz para o Vadinho, uma espécie de Dom Ruan, que queria uma chance, mesmo não podendo bancar os mimos com seu nada famigerado salário. Mas a sorte bateu à sua porta, nem que seja para se fazer de garanhão no meio da confusão. Deu até rima!
Promessas e mais promessas. Quem nunca as fez? Seja para um santo ou para si mesmo, como aconteceu com Ana. Ela precisava dar a si mesma essa sensação de fortaleza. Se não fosse, é claro, a invasão de Sinatra, às suas quatro paredes. Desabou... Esquecida estava era do sentimento, mas My Way a revelou.
E como bem descreveste Gisele, a vida pode ser contada de outro modo, mais pelas limitações que a vida vai nos dando, ao longo do tempo. Sensibilidade é a palavra de ordem para tratar de um assunto delicado e que faz nossos olhos marejarem: as mãos enrugadas e o Mal de Alzheimer: duas realidades que cedo ou tarde nos visitam...
E Djanira veio com sua veia plural, dar conta de uma história irreverente e engraçada. Se estava ou não com a macaca, não sei. Mas que conseguiu com o sabonete intragável me fazer duvidar do que vejo, ah conseguiu. E dali criatividade, menina! É diversa esta menina!
Brad Pitt ficaria feliz em saber que participou como personagem de um conto comovente e cheio de nuances que nos fazem refletir sobre a vida. Esqueci até dos sentimentos que me alimentavam, tamanha habilidade que a escritora teve em se desdobrar em criatividade e veracidade para falar de Nelita. Sonhos irreais ou reais? No fundo, somos um pouco Nelita, não?
Ieda trouxe em seu conto uma mensagem de grande valia: todos os dias são especiais e isso não pode passar despercebido. Mas convenhamos, um bolinho não faz mal pra ninguém, não é? Os mimos então? Festejar a vida é, sem dúvida um presente diário. Eu jamais esqueceria meu aniversário!
Dona Beth e sua sabedoria, foram ternamente ornadas para caber no conto de Vanice. E o vento? Ah o vento, não seria de fato esse ser espiritual capaz de convocar nossas lembranças e num abraço afagá-las? Só Vanice para trazer uma pérola dessas.
Norma sempre pontual, faz uma autobiografia sobre a relação entre o trabalho e a família. As ausências doídas e o cansaço de ter que se virar para dar conta de tudo. Nunca se esqueceu das lutas! E nesse texto forte, também nos faz refletir sobre essa carga que a mulher carrega e que muitas vezes, volta como cobrança e culpa.
No final do arco-íris tem mesmo um porte de doces? Adam acreditava em sonhos e porque não em fantasias? Sandra Laurita escreveu com a alma sensível um dos contos mais lindos, abarrotado de esperança. Quem dera o mais importante fosse o sapato de bico fino...
Mary tem o dom de traduzir em letras as relações do cotidiano de forma ímpar, singular. Uma cena que para muitos passaria despercebida, tamanha realidade nua e crua que bate à porta, mas para Mary há sempre uma lição a ser apreendida. A santa Ceia é partilha! E sua escrita também tem esse poder de comunhão.
E quem disse que depois de 90 anos essa data poderia ser esquecida? De modo algum Alzira ficaria sem soprar as velinhas. Daisy deu um presente para cada leitor quando mostrou que mesmo que o esquecimento tenha nos pegado, é sempre tempo de surpreender. Viva!
Esquecer-se do outro é fácil, mas esquecer de si mesmo, é absoluto. Lídia percebeu isso na criação de Cássia. E nós? Temos nos lembrado do quanto temos nos esquecido? O conto de Cássia é uma reflexão e deve ser a tônica de nossa vida. Quantas Lídias estão por aí, sem bandeiras?
Mônica Cordeiro
MINIANÁLISES
by Gisele Leite
1
Promessas
Lu Narbot.
A autora demonstra com forma bem contemporânea que ser forte admite até esquecimento.
Chorar, desesperar só nos fortalecem... Feridas secam como lágrimas e nos preparam
2
A Mordida Intragável
Djanira Luz
Nem tudo que parece, é realmente... morder o sabonete de chocolate que se parece com bombom
além de engraçado, é também educador. Parabéns.
3
Noite de Neblina
Marília Paixão.
Um sonho perdido em nevoeiro. E, criar com antecedência uma saída. É um conto com doses de ficção
científica, mas a culpa é da autora do conto. Parabéns pela engenhosidade.
4
Inesquecível
Iêda Chaves
No oceano de dias especiais e, na suprema importância do hoje, teremos sempre um amanhã inesquecível.
Parabéns pelo conto.
5
Inigmática Presença
Vanice
O vento sempre traz algum lembrete, principalmente, quando vinculado ao afeto. Parabéns.
6
Esqueci de dizer.
Norma.
A dinâmica exigente dos dias, da sobrevivência, nos faz lembrar que tudo vale a pena. Se a alma não for pequena. Parabéns.
7
Arco-Íris Barato
Sandra Laurita.
Um conto poético que nos informa que ao final do arco-íris há um ponto repleto de doces. Como são doces as lembranças e as crianças. Parabéns.
8
A Santa Ceia
Mary
Esquecer-se dos sonhos antigos e diante dos filhos e da ceia, sentir-se abençoada por compartilhar a vida, o alimento e o afeto. Parabéns.
9
Quase Esqueci
Daisy Zamari
Quase esquecer o aniversário de uma pessoa querida. E, apagar as velinhas de noventas anos bem vividos, dá o total direito de comemorar o tempo que passou Parabéns.
10
O fim
Cássia Caryne
O indispensável café com amor, no silêncio afetuoso e cúmplice. Somente
um amor inimaginável pode nos redimir. Parabéns.
Gisele Leite
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11
Nada a acrescentar
Zelia Maria Freitas
E do pensatório de Zélia sempre surge alguma ideia boa! Mesmo quando ela afirma que não há "nenhum registro". Quem tem "Lembra-te de esquecer" por filosofia de vida também sabe lidar bem com o silêncio da aceitação, na exata ordem dos Acontecimentos. Parabéns, portanto, por esse "Nada a acrescentar" cheio de charme e sabedorias.
Marina Alves
12
Esqueci de dizer - Norma
A escritora nos envolve numa sensível e emocionante narrativa, traz à tona a realidade de muitas mulheres, a jornada dupla, trabalho, casa e filhos, e prova o quanto somos guerreiras e capazes. Lindo, Norma, parabéns. Beijos.
Sandra Laurita
MINIANÁLISES
By Lu Narbot
13
Mary retrata em seu conto uma cena de família que nos revela que o que mais importa na vida é o amor e a união do grupo familiar. O resto é ilusão.
14
Em Megera Indomável Jaciara revela, através do amor impossível de um rapaz, o retrato perfeito de uma sociedade injusta, desigual e preconceituosa, a realidade violenta e feia que nos rodeia.
15
O Fim, conto em que Cássia narra, com muito sentimento, o fim de um amor tão intenso que faz com que a protagonista se esqueça de quem realmente é. O carinho da mãe é a abertura que se insinua para a chegada de uma história mais feliz.
16
Marina Alves tem o dom de transformar o coridiano em poesia. Foi o que fez em À Luz, com a fala final da protagonista Donana: “Deus é grande. Já esqueci…”
17
Marília Paixão nos conduz em um criativo passeio por caminhos de sonhos. E de tal jeito o faz, que desejamos ficar vagando por eles.
18
Muito humor no conto de Djanira Luz, onde os mal entendidos e as confusões se sucedem. Amei A Mordida Intragável!
19
Em Arco Íris Barato, Sandra Laurita, num conto que tem tudo para ser a fotografia da realidade, introduz sutilmente algo de fantasia, ao falar das asas de um dos personagens.
Lu Narbot
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INTERATIVIDADE
By Marília L Paixão
1- Que outro título poderia ser dado ao texto NOITE DE NEBLINA de Marília L Paixão?
A) Perdida no trem-bala
B) Sonhos de Nelita
C) Nelita, pai e mãe
2- Dos sonhos de Nelita, os mais especiais incluíam:
A) Brad Pitt , suor e cerveja
B) Pai e mãe
C) Violência e morte
3- Tivemos neste encontro dois textos falando de festa e seriam respectivamente:
A) A Luz & Esqueci de dizer
B) A megera indomável & A santa ceia
C) Quase esqueci & Inesquecível
4- Sobre separação e rompimento tivemos:
A) Enigmática presença & Kafka em Manhatan
B) Esquecimento perdoado & Nada a acrescentar
C) Promessas & O fim
5- Podemos dizer que no Conto, Kafka em Manhatan de Sandra Laurita estreia:
A) uma pomba
B) um disco voador
C) uma barata
6- Qual conto era cômico?
A) Mordida intragável
B) Esquecimento perdoado
C) Esqueci de dizer
7- Dos mais lindos contos deste encontro eu pousaria meu dedo em minha mandou escolher este aqui:
A) A luz
B) A santa ceia
C) Enigmática presença
Parabéns a todas!
Marília L Paixão
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DESTAQUES
By Mônica Cordeiro
O mais criativo: Djanira
Abordou a temática de forma criativa e descontraída, mesmo que o tema pudesse carregar um conceito ligado à lembrança. Parabéns!
O mais surpreendente: Sandra Laurita
Usou e abusou de sua forma única de escrever para desenhar um cenário para lá de inusitado, mas carregado de reflexões. Excelente.
O Top dos Top’s- Vanice
Uma abordagem poética intrigante, cheia de sabedoria e envolvente. Que o vento traga nossas lembranças e nunca nos deixe cair no esquecimento.
Selo Bviw de Qualidade
Lu Narbot
A escritora provou com maestria que não precisa de muitas linhas para caprichar num tema. Aliás, nesse encontro Lu mostrou que não é o tema que cabe nas linhas, mas são as linhas que ditam um bom tema! Pode receber a condecoração!
Mônica Cardeiro
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TOP OF MIND
eleito através de votos das participantes
A LUZ
Marina Alves
ENIGMÁTICA PRESENÇA
Vanice Zimerman
NADA A ACRESCENTAR
Zélia Freire
PROMESSAS
Lu Narbot
Por hoje é só
Parabéns 🎊🎉🍾🎈 a todas as que participaram deste encontro e muito contribuíram para o seu sucesso.
Marília L Paixão
BVIW writer & organizer.