O outro lado do paraíso era nome de uma novela, cujas vilanias contrastavam com os cenários turísticos da região. Foi numa época em que personagens de cor começaram a se destacar com protagonismo mais justo e significante no horário nobre. Lembrei deste folhetim porque no momento não tenho visto paraíso algum ao meu redor. Acho que se eu quiser, terei que construir com a ajuda da literatura.
Por falar em literatura, como seria transformar uma rede de espinhos em canoa no mar que adormecesse os seres calmamente ao som de brisa genuína?
Que filme passaria por seus olhos a procura de um paraíso que servisse de bálsamo para seus dias mais agonizantes? Que música serviria de fundo para suplemento da falta de poesia?
Vamos deixar assim: estou precisando dessas duas coisas. A música que basta cantar, a poesia que basta criar. Não tenho criado.