A arte de nada fazer exigiria muito de mim, que quando paro de fazer umas coisas, as troco por outras.
Talvez a arte está em escolher o que fazer com o tempo livre. E escolheria ler, escrever, assistir, persistir, resistir. Desconheço o que é uma vida sem luta.
Às vezes penso que nada fazer seria olhar o tempo pela janela, e se a vida fosse tranquila, deixar vir a poesia, mas não! O nada fazer exige administrar bem as escolhas, exige a tranquilidade da mente, do tempo e do espaço.
Quando me permito trocar os problemas por alguma happy hour, pergunto: topa um passeio ou jogar buraco?! Na falta de um sim, a literatura se torna um abrigo de fato.
Marília L Paixão
obs:Sobre Escrita em movimento, as 30 primeiras páginas lidas deste livro já são suficientes para recomendar a leitura.