Jana e Janaína, eram gêmeas desiguais na aparência e nos gostos. Enquanto uma sonhava com luzes metropolitanas, a outra aproveitava a vida nadando no rio, andando a cavalo, entendendo das hortaliças e dirigindo a picape da família.
Jana aproveitava a vida fora era nos janeiros, nas casas dos tios; Era dentro dos metrôs, dentro de teatros em exibições gratuitas. Dentro dos cinemas, e dos enormes prédios com pequenos apartamentos, seja a luz de led ou de mercúrio. A vida multicultural era o seu mundo.
Sucedeu que Janaína conhecera um médico num evento folclórico. Casaram e foram morar em São Paulo. No mesmo Janeiro, Jana se acidentou na cidade belorizontina e dependendo do cuidado dos pais, voltou para o interior de forma definitiva. Suspirava, mas amava a vida.
Moral das ilusões, melhor não tê-las. Melhor das emoções, todas vivê-las.