Não sinto falta de enxergar dentro da lua. Não sinto falta de desenhar um sol. Às vezes, sinto falta do meu olhar de criança livre de afazeres, livre para alcançar o mais alto galho da árvore para depois me imaginar com asas de passarinho ou com poderes de super heróis.
Com eles, combateria adultos que manipulam aparelhos em silêncio programando a morte súbita ou a morte lenta de seus desafetos. Nem se incomodam de salvar crianças.
Essas que contam carneirinhos, imaginam dragões, chaminés e ninam bonecas para dar afeto.
Hoje, por mais que meus sentidos possuam fontes e cores, não saberia descrever olhares tão pueris. Eles nos surpreendem com suas delicadezas criativas e imaginárias; tão bem representadas por artes fotográficas, áudio visuais ou especial momento de as estar vendo.
Eles não sabem do céu o tamanho, mas merecem uma ladeira de sonhos.