Novo Mundo - bviw
O sol rachava na avenida por toda manhã , a tarde se coloria de vermelho embaixo do outdoor da coca cola. Culpa de um corpo banhado ao sangue. Pelo sim, pelo não, ninguém saberia quando aquele ser seria dado por desaparecido. Mas não demora e começa o mau cheiro. Era o que o catador de papelão que passava, pensava.
Antes de iniciar o dia, o domingo era a coisa sem graça de sempre. Jovens inventando de beber ou revolucionar, idosos na dúvida entre hibernar no vazio dos vazios enquanto outros se infiltram em gangs de popularidade escusa. O que os movia e que era sagrado, não mais remove as montanhas. Tem muita coisa sem lugar neste mundo embrutecido. Pelo sim e pelo não, estão se sentindo úteis mesmo fazendo alianças erradas.
Por outro lado, há bandeiras para serem adotadas, lutas para serem vencidas. Há muito que se defender por aí. Os da caverna continuam urrando a todo vapor e os alquimistas da imortalidade estão evaporando. O que temos a ver com isso? Tudo. Nós somos os sofredores dos efeitos colaterais deste novo mundo. Já os jovens crescem dando ombros de tô nem aí. Precisamos ter cautela com os jovens que não inspiram confiança e com os idosos influentes que tocam o terror.
Marília L Paixão