Textos

CANTEIRO DE FLORZINHAS - BVIW

 

Antigamente eu fazia um texto qualquer com cinco minutos. Hoje, apesar de ter neste momento vinte minutos disponível antes que meu atraso se configure, me sinto em apuros. Deve ser porque um texto qualquer não consiga mais satisfazer o ego da minha escrita e a pressa possa fazer com que as palavras escorram do meu pensamento de forma rebelde ou pouco polida. De qualquer forma, como o tema é livre, talvez fale sobre a evolução delas.

 

Elas, as palavras, que agora possuem um fantasma para alguns e um novo aliado para outros, ou seja, a tal da IA. Eu sei de mim, que elas continuam como galinhas que ciscam no terreiro e depois precisam ser depenadas antes de virarem comida.

Poxa! Fiquei tão satisfeita com essa conclusão, que agora nem ligo se me restam dez minutos ou quase nada. Do nada também dá para fazer um canteiro de florzinhas.

 

Acho que minhas palavras não estão alaranjadas e nem bege para tudo que anda acontecendo por ai. Tenho comigo a impressão que elas continuarão quietinhas a minha espera, seja para receberem um carinho ou ordem para representarem uma cotovelada. É muito boa a sensação de que não importa o quê, continuaremos amigas.

 

 

Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 11/12/2024
Alterado em 04/02/2025
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Imagem de cabeçalho: inoc/flickr