Fim
Gosto de filmes. Eles revelam mistério, esmiuçam emoções ao retratar dramas. Tantas vidas são expostas ali. Muitas vezes há um pouco de você, de mim ou dos outros. Faz sorrir, faz sentir dores do desassossego e chorar passa a ser o espelho.
Às vezes assistimos o que não nos representa, mas encontramos os outros e é importante estar a par de existências diferentes das nossas. Agora estamos diante o novo mundo e suas mazelas, suas atitudes não éticas. E junto a elas a tecnologia bem usada e mal usada tal qual um mal me quer, bem me quer. Mas no filme, Central do Brasil a pilantragem já corria solta e estávamos nos tempos das cartas. Cartas que expressavam coisas do coração ou da necessidade. Hoje a comunicação se resume a um like ou sua falta, um emogi e outras simbologias são usadas provocando reações e até explosões. Tudo muito rápido e com muita contradição.
Tudo vira um caldo complexo do que somos ou estamos. No nosso tempo de questionar sentimentos poderíamos cantar que “uma parte de mim é permanente, outra parte se sabe de repente.”
Traduzir uma parte em outra parte,será arte? Ferreira Gullar o dizia no poema, nesta crônica eu me calo à espera do próximo filme. Na vida real, ônibus tombam, aviões caem e tetos desabam. Fim.