O QUE EU QUERO DE UM AMOR
Marília L. Paixão

Quero um amor que não tenha pressa de ser feliz embora eu tenha e consiga ser aos poucos.
Quero um amor que saiba que a felicidade pode ser folha que balança em alguma árvore enquanto passa o vento. E quando a folha não se mover que também não me faça chorar.

Quero um amor que se encontre com o meu andar entre as nuvens. E quando só o meu olhar estiver lá em cima sorrindo, que não me critique por  estar aqui embaixo. Sonhar é muito mais fácil e mais prazeroso que chorar. Eu quando choro perco o verde das minhas ruas.  Sem este verde, perco a ternura e me embaraço no que fiz ou desfaço. Fica tudo sem laço! Sem falar que meu olhar enxerga pouco quando eu choro.

Eu quero um amor que não ache impossível todas as coisas que quero. Que o que eu quero achar impossível é alguém fazer o outro chorar dez vezes pelo mesmo motivo. Assim sendo, eu quero um amor que se assistir ao primeiro pranto, que prometa que não deixará acontecer a segunda vez, pois de nenhuma terceira eu quero ser freguês.

Quero um amor que eu possa chamar de baby prata e que me faça sentir um baby ouro.
Ser um baby qualquer coisa nos olhos de alguém acaba sendo engrandecedor. Tem sempre alguém nos engrandecendo quando nos trata carinhosamente de pequeno. É como se houvesse um novo céu nos vendo.
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FELIZ BABY PÁSCOA PARA TODOS!
Este texto me veio em mente enquanto dirigia de volta para casa.
Também vim pensando na carta para traduzir..rs...rs...
Afinal, depois que a gente chora é bom poder pensar em outras coisas.